quarta-feira, 1 de dezembro de 2010










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Combinar sapato com bolsa já era, é antiquado. Calcinha bege. Banalização do verbo "amar". Perder quem se gosta por orgulho. Arrependimento muito tempo depois. Tentar requentar relacionamentos. Acessórios em excesso. Domingo à noite. Pessoas inconvenientes. Gente grudenta. Não quer, mas também não sai de cima. Unhas decoradas. Glamour decadente. Erros grotescos de português. Brigar na balada. Pochete. Esperar em fila. Trânsito caótico. Palitar os dentes. Breguice incurável. Verde e amarelo da cabeça aos pés. Cusparadas em campo. Dormir chorando. Dia de chuva, e você como pinto molhado. Comida sem sal. Conselhos clichês. Colegas retardados. Negrito, itálico, e letras coloridas. Rancor e apego ao passado. Síndrome de esquilo. Piriguetes vazadas. Ansiedade e mãos suadas. Taxista tagarela. Bigodinho de carroceiro. Lobos em pele de cordeiros. Falsos moralistas. Perguntas nerds no final da aula. Casamentos por interesse. Preço dos alimentos subir, e a fome no país apenas aumentar. Olhares indecentes. Falar cuspindo. Homens lindos, e burros. Enfim, infle o peito e se não puder dizer, pense alto: UÓ!




Hoje eu acordeei tão ótimista (é tão bom isso)
que me fez dá aquele soriso de antigamente (L)














"Mulher é chata. Me incluo. Uma mulher madura troca sonhos por objetivos. Não tenho nada a ver com explosões. Abraços me seguram. E eu me agarro. Não me envolvo com o que não me envolve, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma, um personagem que esquece a fala."

(Martha Medeiros)